segunda-feira, 8 de março de 2010

QI, Sexo, Intuição, Reflexão





Vou entrar em questões aqui abaladoras mesmo. Sem rodeios, elas vão entrelaçar esses tabus do título de uma maneira que jamais você viu.
Não tire a mão do volante, porque o bólido vai quebrar a “barreira do som”.
Uma divulgação de pasmar numa matéria da revista Info/Exame – fevereiro de 2010 - constata o incrível embaraço psicológico e incompetência educacional em que estamos vertiginosamente descambando:



Uma trinca de perguntas foi apresentada a 3.400 universitários (incluindo Harvard e Princeton –- Prestou atenção na imponência dos nomes?).
Segure aí!  As três questõeszinhas continham apenas os passos conceituais primários que no Brasil espanta os estudantes nas nossas fatídicas 5ª. e 7ª. séries do Ensino Fundamental.
(Aí um pouco mais pro finalzinho do post tem uma das "terríveis" de amostra)

Agora vejam só:

Só 17% resolveram as três perguntas (ou pelo menos tentaram). E 1/3 dos alunos errou TODAS.

“As pessoas mais bem preparadas (resolvidas psicologicamente) consultam sua intuição afim de raciociná-la para ter certeza de que têm justificativas para o que estão fazendo” (Transcrito livremente do artigo: QI Alto, Raciocínio Confuso -- citação de Daniel Kahneman –pesquisador de Princeton).
Já imaginaram se o grupo dos que erraram tudo “forçasse” sobre  578 que fizeram tudo, e cismassem de que sendo ‘maioria’ é que estavam certos? 
(Pois é ... Aí é que temos de ver direito esse negócio de montão, de maioria, etc. Porque hoje já devíamos estar prontinhos na escala evolutiva social para instaurarmos o Capitalismo-Cooperativo-Meritocrático  -- fazendo-nos entender e conviver satisfatoriamente com Competência, Equanimidade e Justiça).






(Muitas vezes algo do Ensino Fundamental pode deixar enrolado um diplomado em Universidade   -- a questão em foco é assim) ...  




Achei  interessante resolver a "deixa" com que autor do artigo especula/dá uma 'tirada' sobre a "cancha" dos leitores ...

Consegui notar uma "brincadeira" que também testa nossa "instrução escolar" na própria redação do artigo, e resolvi extrair os dados da mesma pensando em conceitos da Teoria dos Conjuntos.  Porque estamos num caso em que de cara a adição das parcelas não vai dar o total (lembram daquele negócio de interseção de conjuntos?). Direcionei-me para a porcentagem sobre os 3.400; uma vez que esse total não é divisível em “terços”. Ao que vamos a encontrar os 1/3 (dado estimado) vemos que dentro dos que não fizeram todas (os 2822) estão esses-quase-um-terço que erraram tudo. Aqui é que o divulgador de ciência que fez o artigo da revista brincou com os dados e armou as contas dele para nos instigar também a pensar. Só se tirarmos 1130 dos 2822 é que encontramos os que fizeram pelo menos alguma das três perguntas. Aí a soma bate.


Como chegar nos 1130? 
(a 'dificuldade' está numa oscilação intersectiva -- não esquenta isso é só um nome difícil que significa o pular de um para outro conjunto, e estar entre os que erraram ou acertaram alguma)
Aí meus caros, corram atrás do pulo do gato lá na sala virtual do Clube Natureza Gleam. Onde vamos ver também em quê o sexo tem a ver com o aprender a danada da matemática. 


A "brincadeira" do autor do artigo, lá na Info/Exame, foi de deixar aos leitores a 'tarefa' intuitiva de procurar a obviedade de duas  parcelas; a de  1/3 e a dos que erraram ou acertaram alguma(s).
Agora, por minha parte, em sinceridade plena, preferiria sempre frisar o "cêrca de" 1/3 no enunciado para os estudantes.  A intuição matemática é uma busca pautada em lógica e não uma adivinhação em busca de 'qualquer coisa' que encaixe.
Vejam o quadro seguinte:



                                                      1692 + 1130 + 578 = 3.400

(as imagens são acervos do Clube Natureza Gleam; não estão liberadas por serem conteúdo de instrução da Classe Virtual da Passos da Natureza 21 - é preciso inscrição lá) 

É ... é nessa hora que se ensina ao macaco a hora da onça beber água. E o que tem a ver coisa com coisa.

--Agora vamos ver (sei lá com que cara também aqui no Brasil) – (Não é pessoal do ENEM?) o grau de dificuldade (ou seria facilidade? –- pra quem aprendeu a SABER):



Esta foi uma das questões:

Exemplo: Um taco e uma bola custam 1,10 dólar no total. O bastão custa 1 dólar a mais do que a bola. Quanto custa a bola?

(Essa questão tá resolvida lá na classe da Passos da Natureza 21, a sala virtual do Clube Natureza Gleam)


Repetindo:

Um taco e uma bola custam 1,10 dólar no total. O bastão custa 1 dólar a mais do que a bola. Quanto custa a bola?


Ao constatar o que vemos (de tão claro que é), pensamos que tirar de uma pessoa humana o direito de saber o que é tão simples assim nos faz chegar à conclusão de que num Sistema em que a Educação fica engrupida pelo que engana um ser civil (um infante, um cidadão) não é possível haver uma consonância de sobrevivência legitimamente humana.

Este trecho a seguir é um pouco mais difícil pra um(a) guri(a) entender; embora uns tenham "cancha" pra isso.


Muito bem. Trocando uma idéia sobre QI e Reflexão ...
(Se quiserem podem pular DIRETO pra "Sexo não se Ensina")


Concerne ao fenômeno de sobreviver a inerência de raciocínio (aliás; qualquer expressão da Natureza configura diretrizes lógico-espaciais), e, ao que concerne à forma, desde o núcleo dos átomos passando pela escala dos seres vivos até às galáxias; uma gradação de recursos físico-bio-químicos propende à justeza e consonância da forma em sua interação espacial (estou me referindo a volume-temperatura-pressão).  E especificamente quanto ao ser humano, recursos psicológicos investem-no com um aporte: a Reflexão -- que lhe dá como suporte de vida um potencial extraordinário que advém da consciência conseguida por ela ....  :: As formas, os seres, enfim, ganham mais sustentabilidade conforme a proporção de justeza que sua existência e o ambiente comportam entre si  .. ..  portanto, tratando muito mais ainda sobre o ser humano, a autonomia sobre seus movimentos determina sua escala de liberdade e consciência*.

-- * Esta frase é de uma importância inestimável, de tanto que representa em compreensão de inumeráveis fenômenos. 

E vamos lá! Daí que o raciocínio que só repõe aprendizado, como um exercício primário de memória (como o Técnico, o de “decoreba”, o condicionado por disciplina), dá respostas comuns e esperadas, ou seja, responde bem para mostras de QI (Quociente de Inteligência); mas, é desprovido de outros recursos psicológicos, não tem autonomia suficiente em escala de Reflexão.

 -- A Reflexão dá aporte ao indivíduo de incluir em seu pensamento as impressões advindas dos sensos instintivo e o intuitivo (como o senso comum, o de concordância psicológica por costume), e também as impressões da inteligência adquirida (QI), e vai até às da elaboração analítica (que considera bastante mais coisas, como as competências intrínsecas de fazer ciência).  A Reflexão vára todas, prospectando - com atenção - para o inusitado; ela projecta e produz sinapses* (ligações neurológicas) formando desenvolvimento no cérebro.

-- *Por exemplo, aos 51 anos com bastante incursão na prospecção em Lógica Espacial é que consegui formar frases como essas.

Portanto, quando o indivíduo não tem preparo e aptidão para reflexão, não está nem ainda em escala psicológica como estudante (que deveríamos ser na nossa escala de evolução), e despreparado como ser humano; para os aspectos específicos de sobrevivência na escala de sua espécie*.
(Muito menos imaginar, em vaidade desvencilhada da realidade, que pode instituir-se de autonomia para cuidar do Planeta. Isso não é brincadeira; isso não é para políticos destituídos de conhecimentos pra tal competência de empreendimento, e é total e infinitamente fora de alçada de crenças)
O pesquisador Kahneman nos dá um importante toque para nós nos avisarmos de um desleixo psicológico que nos coloca numa situação civil difícil, porque advém de e insiste prejudicialmente em nossa educação, diz ele: “Algumas pessoas intelectualmente capazes não se preocupam em se envolver muito no pensamento analítico, e se põem a se segurar mais nas intuições”.

Estatísticas curiosas encontradas em muitos sites na Internet nos dão pistas estimulantes de como resolver isso:  Nelas consta que países em que a impertinência de crenças (intromissão delas na Educação) é pouca, ou quase nenhuma, os índices de aproveitamento escolar e a cordialidade civil têm taxas altamente gratificantes.  Vejam o que Keith Stonovich da Universidade de Toronto Canadá diz: “QI é apenas uma fração do que significa ser sagaz”. E complementa:  “Por cérebro “confuso”, “desorientado”, mesmo (ou apenas) tendo QI alto, apresenta-se o processo de pensamento que prescinde dos outros atributos que um cérebro humano contém”.
Steven Jay Gould (paleontólogo) coloca tudo isso de cima a baixo na escala social: “QI, resume-se em: um artefato sem préstimo científico, cultural, e socialmente discriminatório”. 

A confirmação dessas afirmações e dos quadros sociais que engolimos com dificuldade,  pára nossos olhos na realidade crua dos resultados das perguntas aplicadas pelo pesquisador Shane Frederick numa Escola de Administração.

Por isso o que é primário nos estupefata tanto, nos surpreende tanto, como o enunciado que deixou muito estudante “gabaritado” em situação crítica:

(Um enunciado muito bem feito, e ainda deixa margem para o “provado” ficar ressabiado a ‘testar’ sua certeza na própria resposta) 


Tenho que quebrar aqui o texto em outra parte; por estar já extenso.
A parte, Sexo, que implica atenção, sono, boa alimentação, e, apresentações fortes que concluem esta "paleta" que mostrei aqui, vou colocar em outra postagem.

Tenham uma "noção" já por essa postagem SEXO NÃO SE ENSINA (link).
Estudar bem, viver bem, é um conjunto em que vários itens permeiam uma satisfação.





Haddammann Veron Sinn-Klyss
Sábado, 06 de março de 2010

8 comentários:

  1. No final parece que está errado, mas o bastão não custa 1 Real, ele custa 1Real a mais que a bola, então ele custa R$1,05 (Um Real e cinco centavos).
    É um problema bem elaborado, e requer bastante perspicácia, pois não somos muito de prestar atenção no que é simples.

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  2. Assim não vale, neah Onita!?
    Esse problema que o Deam "esboçou" a resolução implica Teoria dos Conjuntos (é preciso reflexão para saber montar/visuzalizar os diagramas) e também requer saber a matéria sobre Porcentagem.
    Agora, esse problema que ele enunciou a partir do texto da revista, esse é difícil mesmo; precisa de muita interpretação.Pah! Ele dá show, carimba!!
    No final das contas, a gente vê mesmo que não sabemos muito como lidar com diminuir, adicionar, multiplicar, e dividir.
    Depois que vi aquele suporte-lógico primário da Matemática, puxa! Aí é que vi que precisava ainda aprender um pouco do que ninguém nunca viu em escolas.

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  3. O "recipiente" que é mostrado como um diagrama (de conjuntos) tem um frasco cor-de-abóbora, um frasco verde, mais um tanto cor de uva. Vejo que são respectivos à adição 578 + 1130 + 1692 //// Mas por que tem também um frasquinho azul?
    Ele não disse tudo; ele sempre deixa um "quê" pra gente embatucar.

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  4. Baby; acontece que não tem "1/3" de 3.400; se você for por aí já se estrepa (é o tipo de pegadinha' que os professores "adoram"). Mas, notou que os que fizeram as questões mas erraram algumas são os 1692? Então; desse tanto dos que responderam as questões está um frasco (azul) dos que gabaritaram as questões(porque está entre os que responderam/ou tentaram responder as três questões propostas). Esse é um dado que falta constar no enunciado do problema. Assim, de lembrança, acho que alguns (bem poucos) acertaram tudo sim.

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  5. Vc quer dizer que os 1692 são os que deixaram questões em branco; e que dentro dos 578, que são os 17%, estão os que gabaritaram, uma vez que, claro, estão entre os que mesmo errando fizeram as questões?
    Eu colocaria o frasco azul lá dentro do laranja.

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  6. Ô garota! Tá melhor que eu. Pois é; mas não está inserido esse dado na proposição do problema; pelo menos não explicitamente. Então coloquei o frasco azul (sobrando) inserto no tanto cor-de-uva. É pra provocar a atenção, e fazer o estudante por curiosidade notar que são três parcelas, o que é que aquele frasco azul tá fazendo ali? Se bem que alguns passam batido e nem notam o tanto meio vinho na figura que tá dentro do rodão dos 3.400 ... é pra aguçar a perspicácia mesmo. É problema pra Aspires, né?!

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  7. Esta postagem está como uma atribuição em classe lá na Passos da Natureza 21. Uma guria vai desenvolver um argumento sobre esse 1130 que consta aí no post; claro tem a ver com o danado do "1/3", citado; e, também com esse canudinho azul e a posição dele no diagrama.
    Até ... Valeu pessoal!

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  8. Coloca os links das partes que faltam.

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